💛 Como guardar o meu coração?
“Então, foi com eles para Nazaré e lhes era obediente. A sua mãe, porém, guardava todas essas coisas no coração.” (Lucas 2:51 NVI)
Depois do nascimento de Jesus, Maria fez algo que quase ninguém percebeu: ela guardou tudo no coração. Não foi guardar como quem esconde, mas como quem registra, relembra, mastiga devagar. Guardar aqui tem a ver com processar. Com permanência. Com profundidade.
Maria não tinha todas as respostas, e, sinceramente, quase nada fazia sentido. Mas ela não descartou o que Deus estava fazendo só porque a vida estava aparentemente bagunçada. Ao invés disso, ela colecionou sinais. Ela juntou memórias. Ela preservou pequenas pistas de Deus para o futuro. Cada detalhe era como um fio que, mais tarde, faria sentido na tapeçaria da história.
Guardar é um verbo que exige maturidade espiritual.
Tem a ver com ritmo, não com pressa.
Tem a ver com sensibilidade, não com hiperatividade emocional.
Tem a ver com perceber: “Deus falou comigo aqui. Eu não posso perder isso.”
Guardar é diferente de acumular.
Acumular pesa. Guardar direciona.
É isso que faz sentido quando olhamos para o final do ano. Dezembro não é só encerramento; é um convite a revisitar o caminho e enxergar onde Deus entrou, onde Ele sustentou, onde Ele falou sem palavras. Quem guarda, vive mais leve. Quem guarda, aprende mais rápido. Quem guarda, acerta mais no próximo ciclo, porque vai caminhar lembrando de Quem o trouxe até aqui.
Passo prático: Tire 5 minutos. Escreva três frases: O que Deus me disse este ano? Onde Ele me sustentou quando ninguém viu? O que não posso perder de vista ao entrar no próximo ciclo?
Vamos orar? Senhor, ensina-nos o coração de Maria: sensível, atento e profundo. Ajuda-nos a guardar o que o Senhor falou, a não permitir que a correria apague aquilo que construíste em nós. Que cada lembrança do Teu cuidado se torne direção para o futuro. Dá-nos sabedoria para entrar no novo ano firmados na Tua voz, e não nas circunstâncias. Em nome de Jesus, amém.